terça-feira, setembro 27, 2016

clipping # 6


Duas leituras generosas do Cravos:

No blog Letras In Verso e Re Verso, Pedro Fernandes faz uma leitura cuidadosa e bem reflexiva, e gosto, particularmente, da forma como ele vê a influência da “geração mimeógrafo” em cruzamento com as escritas de si em blogs e redes sociais (mas ele vai bem além disso). O link é este.

No Literasutra, a Adélia Jeveaux foca mais no aspecto da dança e de como escrever o que é o do corpo, e gostei muito da maneira que ela faz da resenha um espaço de confissão de sua própria saudade. Clique aqui para ler. 


sábado, setembro 10, 2016


Está enganado quem pensa que o aleijado não sabe nada das sanhas do corpo. Somos nós, os mancos, os malformados, os amputados, os obesos e minúsculos, os alérgicos, os hemofílicos, os hemiplégicos, para, tri e tetraplégicos, os anões, os albinos, os sempre-gripados, a legião inteira de indivíduos salvos da seleção natural pela compaixão humana, somos nós que entendemos a glória dos músculos e tendões, as minúcias da troca de calores. (Tantas vezes imaginei jogar bola, brigar de galo, tacar pedra em vidraça!) O corpo sadio que nos falta foi refeito tantas vezes em sonho que somos capazes de inventar um novo corpo, um corpo além, um corpo além de lindo, um corpo de Cristo, mas de pele tão firme que a coroa de espinhos não feriria e os pregos não conseguiriam perfurar. Imagina quão mais belo teria saído o Davi se Michelangelo não tivesse os braços. E a Vênus de Milo.

Victor Heringer em O amor dos homens avulsos (Cia das Letras, 2016)


sexta-feira, setembro 09, 2016

clipping # 5


A edição de setembro da Vogue Brasil indica, entre outros, o Cravos.