terça-feira, fevereiro 02, 2010

(sem título)

Vou de encontro aos teus suspiros urgentes, rasgo um pedaço da tua calma, mas não sei como seguir adiante porque tropeço, sempre. Sinto falta dos teus sorrisos, de cochichar no ouvido e de quase cair da cama. Sinto falta de ternura. Nunca soube te dar respostas, nunca te convidei pra entrar. De novo. Abro a porta sozinha porque já não acredito mais nos teus desejos. Acordo quatro horas depois sem saber o que aconteceu. Mas imagino brigas, tua brabeza entre dentes serrados, tuas mãos vazias de mim, e vejo os paetês do meu vestido caídos no chão, nenhum sinal dos teus cabelos.

Construo justificativas possíveis, mas já é tarde demais pras tuas vontades efêmeras. O comprimido aplaca a ressaca. E o teu silêncio, quem cura?




:: but darling when I hold you, don't you know I feel the same?
Axl Rose in November Rain

Um comentário:

Bruno Quintella disse...

O silêncio aplaca ressaca. E a cura, quem tem?