"Retrospectivamente, é inacreditável: quando Michel me anuncia
que passará dois meses fora de Paris no verão e me pergunta se quero ficar em
seu apartamento durante esse tempo - e apresenta a proposta como sendo uma
ajuda minha, as plantas da varanda precisam ser regadas todos os dias -, aceito
sem pestanejar. No entanto, novidade desse tipo não faz meu gênero. Tenho a
impressão de que o apartamento já vive em mim. Ele é dos mais espaçosos, dos
mais luxuosos, não há melhor. Morar ali é morar na própria juventude."
Comecei a ler
o Mathieu Lindon e queria que leitura fosse algo que se pudesse fazer a dois ou a muitos, como uma sessão de cinema. O Michel a que ele se refere é o Foucault, que em algum ponto da história pouco se importa por todas as plantas terem morrido. Não se preocupe, eu jamais faria isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário