quarta-feira, janeiro 30, 2008

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Nos idos dos anos 90 a M.Officer lançou uma campanha cujo slogan era “beije o mundo”. Nas páginas da Capricho e nas camisetas vendidas nas lojas o que se via era uma imagem de figuras se beijando, pinceladas, coloridas e absolutamente apaixonantes.

Próximo aos anos zero eu descobri que uma das melhores amigas que tenho era filha do cara que pintava os beijos, os carros, as bicicletas e tantas outras. Esculturas, palavras, cada ida à casa dela, os livros, as exposições e era muita sorte estar próxima do homem que pintava beijos que eu tanto gostava.

Em 2006 eu virei uma figura semelhante às moças dos beijos, e era tão mais sorte ainda ter virado imagem do artista que eu tanto admirava, ter as fotos que ele fez e o meu rosto desenhado em papéis.


Em 2007 eu fui parar num de seus livros.


Em 2008, o Simpatia é Quase Amor desfilou camisetas semelhantes às da M.Officer em seu carnaval, mais uma vez o beijo pincelado estampado.

Em 2008 também, soube que ele não mais pintaria suas tão queridas séries de beijos.


Antes disso tudo, em 1978 após o incêndio no MAM do Rio a palavra “LUTE” ficou impressa numa das paredes do museu. “LUTE” fazia parte da “Cartilha do Superlativo” e era uma escultura do mesmo artista. A obra foi restaurada e integrada ao acervo do museu.


E mais do que isso seria tão difícil de contar.







2 comentários:

Bruno Passeri disse...

Lindo réquiem, se é que algum pode ser lindo. Força para todos.

Leticia Wahmann disse...

E se eu fosse a Clarinha teria mto orgulho de ser sua amiga....vcs foram maravilhosas nessa hora !!