terça-feira, setembro 16, 2008

The "Vizinho Issue" - parte I

A carta é formal, o tom é polido. O problema acontece quando preciso sutilmente dizer que o vizinho de quem reclamo é um imbecil. São muitas as perguntas que envolvem o vizinho e o fato dele ter desligado o interfone na minha cara quando eu pedi “por gentileza será que você podia estacion...” CLACK do interfone alto ali do sétimo andar.

1) É possível xingar alguém elegantemente?

2) É válido formalizar uma reclamação para o síndico porque o vizinho estaciona seu carro ocupando duas vagas (sendo uma delas a que você quer estacionar)?

3) Custa o vizinho estacionar dentro dos limites?

4) Alguém reclamaria de um carro mal posicionado se estivesse chegando ao prédio de bicicleta ou a pé?

5) O incômodo só incomoda mesmo quando você e seu umbigo são atingidos diretamente?

6) É por isso que o país não vai pra frente?

7) Desde quando o vizinho virou alguém que me deixa extremamente irritada?

8) A fúria que o vizinho me provoca, seria ela uma tentativa de descontar em algo palpável uma mágoa mais abstrata?

9) Estaria eu transferindo para o vizinho frustrações e questões psicológicas mais graves?

10) O fato de não concluir a carta para o síndico tem a ver com o fato de não ter concluído muitas coisas na vida?

11) E os porteiros, por que eles não ajeitam a porra do carro?

12) E Freud, explica?

7 comentários:

Anônimo disse...

te entendo perfeitamente: estive também em guerra com a vizinha... péssimo. Péssimo.

Anônimo disse...

Respondi 'sim' a muitas dessas questões. Em especial, as que questionam se a raiva com vizinho não estaria sendo canal privilegiado para descarga de outras raivas de solução menos simples. Já escrevi cartas á sindicos e outros moradores. Não era reclamação, só sugestão..não foi aceita fiquei frustrada por algumas semanas mas passou.

Leticia Wahmann disse...

O vizinho que mais me irrita é o que ouve dance music aos berros.....reclama dele ?

Beta disse...

Julinha, tb respondi "sim" a muita dessas perguntas com a cabeça.
Deixa um bilhete "simpático" no vidro dele:
"Querido vizinho F%$# Da P%$#@,
Por favor, estacionar a M^$# do seu carro, em apenas 1 vaga, C@$%LHO!
Muitissimo obrigada,
sua vizinha.
E não vale me chamar de P^%$#! Não sou sua mãe".
hahaha Acho q ele ia gostar!

Anônimo disse...

Não sei se me acabei de rir mais com as suas perguntas ou com a sugestão sensacional da leitora Beta.

Rodrigo Gameiro disse...

Eu já teria arranhado o carro dele. Sem sombra de dúvidas. Talvez amassado o pára-choque dele de propósito.

Anônimo disse...

a história da inês é pior!!!!