sábado, maio 16, 2009

Novembro

O que acorda o teu desejo deve ser a fermentação do álcool no sangue, e por isso prefiro te encontrar quando os teus níveis de sobriedade são completamente duvidosos. Nessa embriaguez nos amamos sem censura até que venha o dia seguinte, com seus raios de manhã e copos d’água incessantes, uma ressaca que tenta apagar esse sentimento vazio de consumação imediata. Um sussuro quase morto de ‘bom dia’, tão estúpido, prazeres sem depois, os preservativos no lixo, até parece com a gente, fingindo dormir por falta de assunto.

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